Ações de fabricantes de submarinos registraram alta histórica na última semana em resposta ao interesse causado pelo submarino Titan. Operadores de mercado ouvidos pela coluna elogiaram o mindset inovador dos bilionários que foram até os destroços do Titanic em busca do famigerado almoço grátis. “O corte de custos já é uma tendência em todos os outros setores do mercado”, explicou Diogo Mérito, da Mereci Investimentos, “e agora finalmente alcançou produtos high-end como bunkers atômicos, foguetes previsivelmente fálicos e submarinos controlados por joysticks do mercado paralelo”.

Sua previsão completamente drogada é a de que outros bilionários bem-sucedidos entrem no barco e torrem somas obscenas em projetos de vilão de desenho animado financiados à custa do colapso global. Porém, nem todos os especialistas consultados estão tão otimistas quanto Mérito, e alguns já falam dos riscos de uma bolha dos submarinos. Dinheiro Cardoso, investidor de sucesso e ganhador de dezenove troféus Robertos Campos Neto de consciência social, teceu críticas à visão de curto prazo que vem dominando o debate sobre submarinos: “A ideia de cortar custos até dos produtos essenciais dos bilionários é boa, mas o dinheiro desperdiçado na fabricação de coisas que existem tinha que ser direcionado para a especulação financeira”, conforme disse à coluna.

Não há ainda consenso entre os especialistas, mas a aventura dos bilionários no fundo do mar também provocou sensação em setores da cultura. O diretor James Cameron, por exemplo, demonstrou interesse em filmar a história do submarino Titan, que já foi batizada como Titanic 2: O Iceberg Agora É Outro.